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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O que eu aprendi com os animais - Parte I


Parte I
                Pensei por um bom tempo como iria escrever uma experiência que me marcou sem cair nos clichês preconceituosos de “Madre Tereza de Calcutá”. Já ouviram essa expressão? Acho que sim. Pobre da senhora que ajudou tantos ninguéns na Índia e hoje é um significado tão negativo e avesso do que se vê hoje em dia na língua de muita gente: “- Não sou Madre Tereza de Calcutá.” Mas não falarei dela e sim dos animais. O que uma coisa tem a ver com a outra? Ao ler o texto, peço que evite julgamentos ou preconceitos. Antes de tudo, isso é um desabafo ou uma cicatriz aberta se preferir. Por razões pessoais resolvi compartilhar um pouco do que eu vivi há um ano. Aqui está uma parte da história. Em meados de julho deparei com um vídeo assustador de dois homens matando um cachorro a pauladas da forma mais cruel possível. Para alguns, normal. Para outros, indignação. Foi naquele exato momento que veio uma reflexão sobre modos da sociedade de como tratar um animal: comida, vestimentas, diversão e etc. É hipocrisia amar um animal e comer outro. Fazer planos de saúde para uns e se divertir de derrubar um boi. É hipocrisia. Virei vegetariana por nove meses e me inebriei desse universo. Hoje não sou mais. Sou hipócrita em falar ainda. Mas os motivos que me levaram a escrever esse texto são maiores e se alguém quiser tomar minhas frustrações, sinta-se à vontade. Quem sabe um dia entenderei as razões que me levaram a fazer a primeira perguntar: e eu não sou um animal?

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