Em junho de 2010 fiz uma oficina chamada "O Som em Cena" ministrada pelo compositor e arranjador Beto Strada. Pra quem não o conhece, ele é o autor de trilhas sonoras de Renato Aragão Produções. Isso mesmo, o Didi da minha infância, os filmes que marcaram o tempo da Sessão da Tarde: Cinderelo Trapalhão, Os Trapalhões na Guerra dos Planetas e etc. Ele desenvolveu também outros trabalhos com o eterno Zé do Caixão e ministra pelo Brasil afora workshops sobre o som no cinema. Imagina um trabalho divertido e incrível! Se não fosse um jogo do Brasil na Copa, teríamos tempo suficiente pra trabalhar e soltar a imaginação ainda mais. Além da parte teórica sobre o som na história cinematográfica, trabalhamos 8 horas sem descanso (nem vi a cor do almoço naquele dia) na produção de um Foley para Betty Boop. Foley nada mais é do que fazer um som, ruído ou barulho para uma determinada cena do filme. Por exemplo: quando Seu Madruga furioso bate no Chaves, aquele som é produzido em estúdio e adicionado no filme. Nunca uma cabeça daquele tamanho faz um som de metal. Foi um trabalho maravilhoso e incrível. Solta a imaginação e você nem quer reparar a cor do almoço (bolachas). A sala não dispunha de materiais profissionais ou acústica. Apenas um microfone, um notebook e o melhor programa de edição de vídeos: Sony Vegas. Ou seja, qualquer um pode trabalhar, se divertir e criar ao mesmo tempo. Isso é cinema.
Vem aí: a data mais assustadora do ano!
Há 4 semanas
0 chuviscos:
Postar um comentário