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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

CD Alicia Keys MTV Unplugged




             Jazz. Soul. Black Music. Blues. Hip Hop. Sintetizadores. Compositora. Voz maravilhosa. Ela e o piano. Alicia Keys. Outra inspiração. O CD e o DVD é um  projeto acústico produzido em 2005 pela MTV e demonstra a maturidade da música de uma cantora norte-americana que tocava piano desde os sete anos de idade - detalhe: clássicos mundiais como Bethoven, Chopin e Mozart. Em um clima mais intimista, ela dá um novo som para  as músicas mais cantadas pelo público. Alguém pode falar assim: - "É música americana enlatada". Já eu retruco: - "O pai dela é jamaicano e a mãe dela tem ascendência ítalo-irlandesa-escocesa. Sem contar na influência musical." Tocar piano é para fracos. Ler e contar uma história através dele é para poucos. E ela lê e canta melodias de amor, vida e ilusão com um simples acorde. Isso pra mim é fascinante. Mesmo que seja coisa de americano (para os ufanistas de plantão). Não é à toa que uma das músicas mais tocada de 2010 foi dela, aqui na versão puramente solo: Empire State Of Mind. Me permite uma história? Pois bem. Andando por aí nessas lojas de shopping, dei uma olhada na sessão de promoções e vi esse CD por R$ 9,99. Quase não acreditei. Na internet está R$ 27,90. E como todo carnaval tem seu fim, eu não tinha dinheiro e fui embora no intuito de retornar. Voltei e não vi mais o meu presente. É... alegria de pobre dura pouco. Muito pouco mesmo. E então meu pedido de Natal, Fim de ano, Ano Novo e Carnaval é: se você achar o CD na lojinha que tem o  mesmo nome da nacionalidade dela, corre pra cá e me avisa. Aliás... Pensando bem... Tá... Fica pra você. Só não esquece de me emprestar depois. Combinado? 

MTV UNPLUGGED ALICIA KEYS (2005)

Álbum que mais vendeu no mundo desde o MTV Unplugged Nirvana. 16 faixas.


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Sabe de uma coisa


                Felicidade pra mim é estado de espírito. É lembrança. Instantes de sorrisos. Não a encontro nas grandes coisas, nos grandes feitos ou no maior motivo sequer. Não pode ser reduzida a um mero cartão de crédito ou um carro. Felicidade é para poucos. Poucos sabem que o que compõe a felicidade não são coisas, mas pessoas. A gente pode até ter um certo prazer em possuir um objeto tão desejado. Mas depois de dois anos, ele estará esquecido na mesa ou na gaveta, ou até mesmo vendido e jogado fora. Felicidade não se tem por um segundo, na euforia desmedida e egoísta. Pra ela fazer sentido, tem que ser compartilhada em dois, três, quatro, cinco, seis... Alguém deve pensar "-oh, quem não sabe?" E eu arrisco responder "- não é o que a gente vê". Só contar nos dedos quantas pessoas ousam compartilhar a felicidade delas com alguém. Talvez porque a inveja tem sono leve. É uma pena. Há um pensamento de que quando alguém está em busca da felicidade, é porque está triste. Nem sempre. Por isso afirmo que ser feliz é para raros. Eu não me enquadro aqui. Ainda estou em busca. Talvez meus momentos de ser acordada pelos meus cachorros de manhã cedo, aquele abraço afagado de um amor, uma conversa com minha senhora na mesa de jantar, uma boa gargalhada com amigos ou tocar algumas notas no piano se resumem na minha essência de ser feliz. Cada um, ao ler esse texto, suponho que se recordou dos seus instantes felizes. A felicidade não é obrigatória. E quem a considera como tal comete um grande erro: muita expectativa pode gerar frustração. Ela, na verdade, chega quando menos espera e vai embora sem falar, exalando pequenos vestígios. O feliz é aquele que deixa a felicidade partir e não espera a sua volta. Ele sabe que um dia ela retorna. A minha já se foi, mas deixou esse texto de presente pra mim. O jeito então é cantar com Tim Maia. Essa tal felicidade, hei de encontrar. Mesmo se eu tiver que aguardar, se eu tiver que esperar...

sábado, 4 de dezembro de 2010

Filme - Infância Roubada




         Trailer do filme                

                     Olhando esses últimos acontecimentos da guerra contra o tráfico de drogas no Rio, lembrei de um filme que assisti por recomendação de um amigo. O título original é Tsotsi, que é uma gíria local para criminoso, e foi gravado em uma pequena cidade sul-africana, Joanesburgo. Sim, aquela mesma da Copa do Mundo de 2010. A obra cinematográfica ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2006 e conta a história do líder de uma gangue que ao assaltar o carro de uma mulher, em um bairro luxuoso, se depara com o bebê dela no banco de carona. Sem saber o que fazer foge com o carro e a criança. Esse contato com um ser indefeso faz com que ele reflita a sua participação no mundo do crime e resgate sua dolorosa infância sem educação, de maltratos e morte. O filme chega a ser cômico na parte que ele tenta ser um pai, só que desnorteado, dando leite condensado para a criança. É a humanização do que é considerado bandido, demônio e marginal. Lembrei da guerra que acontece no Rio porque não há como separar esse contraste de luxo e pobreza, tráfico e consumidor, a orla e o morro, o Cristo e o inferno. E o rapaz que um dia foi uma criança que conheceu o sofrimento tão cedo em Joanesburgo é o mesmo rapaz que viu o familiar sendo morto pela hipocrisia da sociedade na periferia daqui. Não estou defendendo ninguém, deixo claro. Mas o tempo está passando e a criança de hoje será o herói ou o bandido de amanhã. E faz medo. Muito medo. O que vimos no Rio e o que filme retrata é apenas a ponta de um imenso iceberg. Ou vai dizer que não temos culpa?   


9.3      

Infância Roubada
2005. 94 min. Drama. 14 anos. Presley Chweneyagae, Terry Pheto, Kenneth Nkosi
        

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